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Um baile de máscaras

  • Foto do escritor: Gabriel Maximiano
    Gabriel Maximiano
  • 6 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Talvez não seja nenhum segredo que temos diferentes faces de nós mesmos, agimos no mundo de formas sensivelmente diferentes, dependendo do contexto. Muito se fala de falsidade, o senso comum por vezes pensa que somos seres “planos” e temos que ser apenas de uma forma e pronto, mas não é bem assim, longe disso.

Cena do filme "De Olhos Bem Fechados"

O ser humano é, de certa forma, um ator que interpreta a si mesmo. Longe de dizer que somos falsos, como disse anteriormente o senso comum pensa que devemos ser iguais em todos os momentos de nossa vida. Mas um pequeno exercício de observação de sua própria vida começa a explicar isso.

Proponho um exemplo, um homem, na casa de seus 30 anos. Este homem decide visitar seus pais em um final de semana. A forma como este homem do exemplo vai agir e ser perante seus pais tem características muito peculiares e únicas. Esta mesma pessoa perante seus filhos, sua esposa ou esposo, em seu emprego, entre outras situações vai “atuar” de forma muito diferente.

O modo como esta pessoa ou mesmo qualquer um de nos age muda sensivelmente, mas isso significa necessariamente que somos produto do meio? Não completamente. O melhor entendimento desse fenômeno é que cada uma dessas situações tem uma faceta do que somos, somos, então, seres multifacetados.

Na vida em sociedade todos nós temos “papéis”. Por exemplo: pai, filho, filha, mãe, funcionária, esposa, esposo, entre milhares de outras possibilidades. Assim, essas faces citadas no texto são compreendidas como papéis sociais que temos que cumprir. Parte do “roteiro” para estes papéis é definido pelo social, e é reforçado culturalmente, outra parte, nós mesmos.

Um exemplo que cada vez mais está em voga são os papéis que, socialmente, caberiam a mulher. Inclusive, ser mulher, é um papel social. É visível em nossa cultura, e basicamente em todas as outras, que a sociedade define o papel da mulher como sendo aquela que deve ter filhos, que deve educa-los, cria-los colocando todo o peso da criação e das tarefas do dia-a-dia na mulher.

Assim observamos que se isenta, em muito, o papel do pai. Um exemplo bem simples, o pai quando é visto cuidando do filho muitas vezes diz-se que está “ajudando” a mulher, o que é um erro, está fazendo sua parte e seu papel. Porem a sociedade o coloca como coadjuvante, que se faz muito pouco já é louvado.

A mulher, ainda em nossa cultura, tem reforçada a imagem de responsável pela casa, na visão da família tradicional. A sociedade aponta a mulher bem-sucedida profissionalmente como uma exceção, aquela que foca em sua carreira e não se casa ou tem filhos, é tida como uma paria.

Entretanto, como todo papel é construído e reforçado socialmente, é passível de ser ressignificado e, por isso, mudado.

 
 
 

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